Páginas

19.6.11

A Saga dos Tablets Continua...

Há quanto tempo, leitores!

Apesar de uma "chuva" de postagens recentes aqui no blog, fazia tempo que não comentava algo relacionado ao meu campo profissional (Economia). E me desculpem, sem tempo/paciência para organizar imagens ao longo do texto... rsrs

Bom, vou pegar a deixa de algo que é comum nas postagens (críticas à infraestrutura brasileira) de Ana Cláudia, do blog Unknown Caller, mais precisamente no que se refere ao post Itudo: nunca vi, nem comi. Só ouvi falar.

Tivemos algumas febres mundiais nos últimos dois anos, mas entre as que afetaram diretamente a sociedade brasileira é impossível não lembrar dos tablets - em parte porque foi alvo de "campanhas", como a do #PreçoJusto e, por outro lado, por ainda estarmos inseridos nesse boom

O fato é que muitos reclamam do preço do produto no mercado nacional, uns em relação ao valor pago no produto adquirido internamente e outros por, mesmo importando, considerarem que o valor desembolsado é injusto.

Entretanto, em acordo com o governo brasileiro, a Foxxcom, empresa responsável pela (futura) produção dos tablets em território nacional, divulgou que o preço final deve sair cerca de 40% mais barato que o praticado atualmente, já considerando as isenção fiscais concedidas pela "Lei da Informática". Excelente, não é? Ainda mais animador é o fato de a produção ter inicío já em Julho!

"A empresa asiática Foxconn adiou para setembro o início da sua produção de tablets no Brasil, que estava prevista para começar em julho".

OPS! Conforme notícia divulgada pelo Estadão na última sexta-feira (17), devido a problemas estruturais - construção de vias de acesso e falta de profissionais qualificados - a Foxxcom foi obrigada a adiar sua atividade produtiva para setembro! Volto a repetir... ainda mais "animador" é o fato de ouvirmos nosso Ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante, a respeito de sua preocupação com o caso...

"Mas isso não faz diferença nenhuma, não é relevante, um mês a mais ou um mês a menos. Quem quiser comprar tablet vai ter esperar um pouco mais".

É bom estarmos preparados para mais algumas "eventualidades" dessa magnitude, já que o Estado demonstra interesse em expandir a política de "aumentar o conteúdo nacional nos produtos eletroeletrônicos fabricados no Brasil".

O que eu vejo, entretanto, é uma nova tentativa de reproduzir a política de industrialização da década de 1930, com a restrição de estarmos num mundo extremamente globalizado, impossibilitando uma autonomia da produção nacional. Há quase um século tal política teve seu momento de glória, mas será que isso voltará a acontecer?


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Solte o verbo!