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17.10.11

Animes via Streaming no Brasil!

 
Okaeri, leitores-san! 

Depois de uma jornada Pokémon de muitas suspeitas e hipóteses, finalmente a saga envolvendo a Crunchyroll e a Editora JBC chega ao fim... Aliás, muito pelo contrário: é daqui pra frente que essa parceria mostrará a que veio e se o nosso mercado "otaku" está preparado para esse tipo de investimento.



       A NOTÍCIA      

Tudo começou com o post do Panino Manino (@PaninaManina) no Subete Animes. Lá, além de um breve resumo do mercado de animes no Brasil, são postadas fortes evidências que o Cruchyroll - um site americano especializado em exibição online (e legendada em inglês) de séries e filmes de animes  - passaria também a atender ao mercado brasileiro.

Essa investigação, como pode ser vista em detalhes acessando o link anterior, conseguiu, ainda, reunir provas de que a JBC, ou alguma das empresas ligada a esta, seria responsável pela estréia dessa iniciativa aqui no Brasil.

Alguns dias depois, a própria Editora JBC deixou mais uma dica sobre sua entrada "mais forte" no mercado de animes (lembrando que a JBC já participava desse mercado: ela era responsável por dublar e/ou de legendar alguns animes), mas ainda sem levantar muitas suspeitas:

"A festa continuará em 2012, com a chegada às bancas de outros grandes títulos dos mangás, além de muitas novidades multimídia relacionadas ao universo dos heróis japoneses."

Mais a frente foi a vez do Chuva de Nanquim dar sua colaboração. Um dos animes da temporada de Outubro/2011 (UN-GO) foi "disponibilizado" de forma simultânea com o Japão e com lengendas em... português-brasileiro! (ao menos tecnicamente, embora não o tenha ocorrido de fato). Ou seja, a vinda do Crunchyroll para o mercado brasileiro tornou-se "oficial", embora nenhuma nota tenha sido emitida por parte empresa.

Por fim, no último domingo (16/10/11), que marcou o fim do evento Fest Comix e também meu aniversário, a JBC enfim publicou uma nota oficial sobre a vinda deste novo segmento do mercado de animes para o Brasil. No site da editora é possível ver o release relacionado. Ainda não há data para o início das exibições com legendas em português, muito menos sobre o preço (provavelmente mensal) do serviço.

Cabe destacar, ainda, que o responsável pela vinda desse empreendimento não é apenas a JBC em si. Esse projeto envolve todo o JBGROUP, uma rede de empresas que trabalha com diversas vertentes da cultura japonesa, entre elas os livros e quadrinhos, cuja atividade é realizada pela Editora JBC. No caso da parceria com o Crunchyroll, a empresa responsável é a JAPORAMA, a agência de comunicação pertencente ao grupo, delegada a exercer a promoção do serviço no Brasil, bem como sua localização, através da tradução do sistema e das legendas dos animes.


       COMENTÁRIOS      

Particularmente, gostei bastante desse avanço! O público-alvo certamente deverá ser atingido de forma satisfatória (não quer dizer que, necessariamente, o empreendimento vá ser um sucesso, visto que vários outros fatores competem para tal, como preço, qualidade so serviço, variedade do acervo etc.) e os custos provavelmente serão relativamente menores (somado ao fato de, no momento, e bem provável que a médio prazo também, será um monopólio deste tipo de serviço), se compararmos com a exibição via TV (aberta ou paga).

Tem-se, também, a questão da comodidade do consumidor. Em vez de ser obrigado a moldar seu horário ao da programação de determinada emissora, aquele poderá assistir ao(s) episódio(s) quando bem entender, claro, desde que tenha acesso à internet. Se, por um lado, isso possa parecer um problema (ter acesso a internet), por outro, permite que os usuarios nao fiquem presos a arquivos.

Conforme havia comentado no post do Carlírio lá no NETOIN, outro avanço importante é o impacto desse novo serviço (exibição de animes online/streaming) sobre o mercado nacional de DVDs e BRs. Com uma acessibilidade maior e mais fácil aos animes, há chances crescentes que tal mercado venha a mostrar um maior desempenho (a médio/longo prazo), embora haja outros fatores que componham a decisão dos consumidores (título lançado, preço, qualidade, "extras"). E isso leva em consideração uma provável expansão da base do público-alvo, que eu acredito ser factível.

De modo similar, se a iniciativa do JBGroup for bem sucedida, o mercado de mangás também poderá sair ganhando, devido à maior difusão de diferentes obras, reduzindo o risco associado às vendas dos títulos, entre outros já citados anteriormente.

Infelizmente, apesar de aprovar a vinda do Crunchyroll pra cá, tenho que concordar com a opinião expressa no blog Troca Equivalente, embora a minha principal "desculpa" seja a qualidade da internet que possuo (3G = máximo de 2mbs até o limite de dados ser esgotado. Depois cai para 256kbps... rs!). Ainda assim, acho bastante válido o ponto de vista lá apresentado.

Uma última preocupação minha está relacionada à tradução (legendas) dos animes. Tudo indica que as legendas brasileiras serão resultado da tradução das legendas americanas. Não que este seja o problema mais grave, visto que se nos EUA o trabalho for bem feito, não deveria haver maiores problemas por aqui. Entretanto, quando juntamos os seguintes elementos: anime/mangá + tradução do inglês + ADAPTAÇÃO + JBC, o que logo vem a sua mente? Na minha, é a imagem do BRIGGS e do DEL GRECO!

Gostaria de saber a opinião de vocês aqui nos comentários, afinal, este é um dos assuntos que mais pode influenciar o futuro da "Akihabara brasileira"! Vocês se tornariam assinantes do Crunchyroll? Qual valor estariam dispostos a pagar? Quais tipos (clássicos? os mais atuais? os mainstream?) de animes seria interessante ter na transmissão ? Têm alguma expectativa sobre esse serviço? Concordam ou discordam da minha opinião? Espero a participação de todos!

3 comentários:

  1. Saudações


    Em primeiro lugar, sou grato pela citação ao meu post.

    E sim, também quero confiar no serviço à ser disponibilizado. Mas, como já frisei em anterior oportunidade, tudo deverá ser feito com cautela e cuidado.

    Nem todos poderão pagar pelo streaming, logo o modo free terá uma grande razão de existir. Entretanto, o modo free provavelmente não dará direito à melhor qualidade de imagem possível pela Crunchyroll...

    Tudo demandará tempo. Resta saber, com este mesmo tempo, se tudo dará certo. Humildemente, minha pessoa espera que seja...

    Ótimo texto, Ikari387.


    Até mais!

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  2. É realmente muito legal ver que o mercado de animes/mangás está crescendo cada vez mais por aqui, mas não sei se Crunchyroll foi uma boa idéia da JBC.

    Eu, com certeza, não pagarei por tal serviço. Não é que eu tenha algo contra (até porque não conheço muito sobre o chamado "Streaming"), mas para mim isso é irrelevante (prefiro usar meu -pouco- dinheiro em outras coisas).

    Assisto animes, sim, mas o que gosto de verdade, são os mangás. Mas também, como você mesmo disse, o streaming pode "acrescentar" na venda de mangás.

    Apesar de tudo, espero que essa iniciativa da JBC dê certo. Então, vamos esperar para ver.

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  3. Fiquei muito feliz com essa notícia. Principalmente porque penso que irei sim usar o serviço, caso ele se mostre efetivo. Já passou o tempo de ter toneladas de animes no HD, eu prefiro ver animes online, e vejo muitos, só que a maioria em inglês.

    Esperando com ansiedade e ao mesmo tempo com suspeitas sobre o serviço.

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