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16.7.11

Yokoso, Aishi Aisare!

Olá, leitores! 

Em comemoração ao meu primeiro dia de obrigações encerradas com a faculdade, trago para vocês mais uma resenha de mangá! A segunda desse humilde blog, mas a primeira sobre um título shoujo/josei romântico redundância?!

Peguem papel e caneta e preparem-se para considerar os prós e contras de...


Logo de cara somos apresentados à Asuka Nogi, uma jovem garota de vinte e tantos anos eu não lembro de ter visto a idade dela no mangá que sofre de um amor platônico há 15 anos e que adora surfar, e ao jovem Taihei, amigo de infância e fiel escudeiro de Asuka. Como não poderia deixar de ser, ele é o príncipe encantado dos sonhos da nossa protagonista. Ah, mais um detalhe: Taihei já tem uma namorada.

Durante todos esses anos de "amor não correspondido", Asuka sempre fez o máximo para não demonstrar seus sentimentos, por achar que seu amigo não a enxerga(ria) como "mulher", mas apenas como amiga de infância o que se mostra verdade mais a frente, apesar de certos acontecimentos.... Por isso, mesmo com várias oportunidades para se declarar, nossa protagonista  guardou esse sentimento apenas para si (quem não já passou por isso, hein?).



A situação de Asuka é ainda mais complicada e sofrida. Além de melhor amiga, ela também passou a ser confidente amorosa de Taihei, sempre escutando seus problemas e dando aquele incentivo para que o rapaz conseguisse ser feliz em seus relacionamentos. Em vez de confessar tudo o que sentia e tentar ela mesma fazê-lo feliz, Asuka sempre preferiu não "atrapalhar" a felicidade do amigo, mesmo que isso significasse estar fora da vida amorosa dele...

Contratada a cerca de dois (02) meses não pergunte em que tipo de empresa, isso não é explicitado no mangá, Asuka trabalha no mesmo setor de Kaemi Meguno, uma jovem vaidosa e que deseja morar fora do Japão. A "amizade" entre as duas resume-se pelo menos na minha opinião ao "coleguismo de trabalho", mas essa relação entre elas serve bem para ilustrar as diferenças e "defeitos" da nossa protagonista. Enquanto Kaemi tem toda uma feminilidade no jeito de se vestir e se "produzir", a Asuka é bem desleixada com essas coisas e até na forma de ser portar (em encontros, por exemplo).

Ainda assim, Sengaku eu juro que sempre lia SenGOku e sempre lembrava do personagem de One Piece xD, 26 anos, funcionário veterano da empresa em que Asuka trabalha, passa a "investir pesado" na amante platônica. Tentando espairecer e esquecer um pouco da sua obsessão por Taihei, Asuka acaba dando espaço  para o colega de trabalho, mesmo não esperando algo sério entre eles.

Daí em diante, quando ela descobre que a relação de Taihei com sua namorada está indo de mal a pior, Asuka se vê dividida entre sua paixão de infância e um novo relacionamento que, pouco a pouco, mostra poder se tornar um grande amor.

Originalmente, os cinco (05) capítulos do mangá foram lançados pela editora japonesa Gentosha, no ano de 2005. Pelo conteúdo do mangá, percebe-se que é um shoujo, apesar de alguma inclinação para josei. A mangaká é Yukari Yashiki, conhecida aqui no Brasil pela sua participação como desenhista no (abandonado) Unordinary Life, mangá cujo primeiro (1º) volume fora lançado pela (extinta) Editora Savana. Além disso, Yukari também é a mangaká de Made in Heaven, título que em breve deve ser lançado também pela NewPOP, como anunciado previamente aqui. 


A edição brasileira foi publicada pela NewPOP Editora no mês passado, em 17 de Junho, com o título Amar e Ser Amado (Aishi Aisare, no original), em tankohon (12,7 x 18,9 cm), com 176 páginas em papel off-set (aquele branquinho). O mangá tem as duas (02) capas diferentes e com qualidade superior aos tankos comuns das concorrentes (cartonada). O preço é R$ 14,00, o padrão da NewPOP para os mangás que são volume único.

A tradução da NewPOP, que teve como responsável a Erika Hirata, seguiu a mesma linha de sempre, com conversas bem coloquiais... não ficou nada muito forçado, até porque essa é a apresentação original da estória. Apesar disso, os frequentes "me desculpe" (o correto seria a ordem inversa), para mim, pareciam gritos agonizantes durante a leitura...

No quesito "edição", como sou extremamente leigo, só posso dizer que senti falta do número das páginas nas páginas! xD E algumas falas por cima das imagens, mas, para ficar tudo centralizado nos balões, não tinha jeito Por isso, ao me referir a este tipo de numeração, considerem a página do "capítulo 1" como a primeira. Já quanto às adaptações, felizmente, não temos aberrações em toda a edição. Talvez para alguns, assim como eu, expressões como "...você que está alta..." (página 25) - no sentido de "você bêbada" - e algo como "...levou uma bota..." (desculpem, não lembro a página) possam soar estranho, mas são bem assimiláveis no contexto. Para mim, o ponto baixo da adaptação foi um "OI...?!"(página 25), apesar de ser um tipo expressão bem comum hoje em dia.


De erro mesmo, acho que só encontrei um... e ainda assim foi de digitação. Em vez de Sengaku, na página 47 (em alguma parte do capítulo dois), está escrito Sangaku. Partindo para os "extras", a NewPOP mateve o posfácio e adicionou propagandas (autores, gêneros, sinopses etc.) de Made in Heaven e de Red Garden ao final do mangá. Por tudo isso, IMHO, a editora realizou um trabalho competente, sem fugir do padrão que temos visto nos últimos lançamentos da editora.

Sobre qualidade da obra em si, é um pouco complicado falar algo. Primeiro, porque eu não sou um dos mais adeptos a shoujo e, segundo, porque não gosto muito de leituras "descompromissadas". Em um aspecto um pouco mais técnico, senti falta de cenários mais elaborados... mesmo sabendo que o enfoque do mangá não é esse.

De uma forma bem geral, posso dizer que achei os personagens pouco nada, na verdade fundamentados, dando a impressão de algo jogado, apesar de o mangá se desenvolver relativamente bem. Mas, como se trata de volume único, todos nós sabemos que é muito difícil dar um começo, meio e fim nesse tipo de obra com uma quantidade tão restrita de espaço.

O público feminino que me emprestou o mangá para leitura aprovou! Apesar de xingarem muito as atitudes do Taihei em relação à Asuka... heheh!
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E vocês, leitores? Já tiveram contato com Amar e Ser Amado? Aproveitem esse espaço logo abaixo (comentários) para deixar suas opiniões, críticas e elogios ao mangá.

Da mesma forma, peço que me ajudem a melhorar cada vez mais... Essa foi minha primeira resenha sobre um mangá shoujo, o que acharam? Faltou algo? Ficou confuso? Aguardo a participação de vocês, hein?! o/


17 comentários:

  1. A resenha ficou muito boa sim! Confirmou minha suspeita de ser um título shoujo d+ pro meu gosto xD

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  2. Gostei da resenha. Não é muito meu estilo, mas pelo formato de edição única, talvez eu arrisque...

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  3. Acredito que o fato dos personagens serem pouco fundamentados, deve se exclusivamente ao curtíssimo tempo da história. Mas a Asuka até que recebeu uma atenção bem legal pela Yukari Yashiki, apesar que os conflitos internos dela ter ficado muito superficial. Mas no fim, funcionou muito bem e dosou bem o teor da história, ficando bem light e descontraída. É tudo muito clichê, mas como a Yukari diz nos comentários, não há como fugir muito disso. E aliás, não ligo pro lance de ser ou não clichê, o importante é que tenha um bom desenvolvimento do enredo e a história seja bem executada. Gostei muito da review, até mais!

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  4. @Anônimo
    Eu tbm achei bastante voltado pro público feminino... mas nada que não dê pra ler, se vc tiver como pegar emprestado ou se sobrar algum $$.

    @Kaue
    O mangá tem seus pontos fortes. Como falei, esse se desenvolve bem... e dá pra dar uma risadas tbm! hehe

    @Roberta
    Eu também achei que a superficialidade foi devido ao espaço limitado. Mas até que não achei tão clichê... talvez por não acompanhar tantas estórias do gênero.

    Mas o mais comum, ao menos pra mim, é a luta dos amigos de infância para ficarem juntos... e não de um lado apenas.

    E obrigado a todos pela visita/comentários! \o/

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  5. Eu também não sou um grande adorador de shoujo, na verdade, o único que COMPREI até hoje foi Darker Than Black, que é legal, e a partir do meio do segundo volume, se não me engano, gostei bastate.
    Mas a experiência com Darker Than Black serviu para "acabar" com meu preconceito com shoujos, eu realmente não lia. Por isso mesmo, Amar e Ser Amado estava na minha lista de próximas leituras (hehe), mas acabei gastando demais em outras séries nesse mês.
    Digamos que o preço não ajudou muito, mas eu queria mesmo comprar, gosto do trabalho da NewPop e queria experimentar mais shoujos.
    Gostei bastante da resenha, conseguiu me passar bem a história (até parece que já li o mangá agora, hehe) e é bem construída. Acabei escrevendo demais... mas é isso, parabéns por esse e os vários outros textos do site, são muito bons xD!

    Até a próxima!

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  6. Eu comprei e gostei. Ando preferindo shoujo/josei, do tipo "pés no chão", do que shounen/seinen.
    O mangá com certeza não é uma obra-prima e acaba tendo um desenvolvimento meio apressado, talvez devido a ser uma obra curta.
    O outro trabalho da autora já anunciado (Made in Heaven) eu li via scan e segue a mesma linha, mas com um background misturando sci-fi e investigação, mas que se aprofunda pouco também. É outra obra curta que ganharia com um maior desenvolvimento.

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  7. @Submarino Amarelo
    Eu ainda não li Darker Than Black, apesar de ter simplesmente adorado a 1ª temporada animada. Mas pelo pouco que li a respeito, ele é um shoujo não muito shoujo, assim como 07-Ghost é um josei não muito josei... rs

    Eu aconselho sim a compra de Amar e Ser Amado. A qualidade gráfica e uma tradução eficiente e leve ajudam bastante a dar um "up" na edição nacional.


    @Mauricio
    Parece que a mangaká precisa de espaço para desenvolver bem suas estórias, então... heheh

    Um desejo meu é que a NewPOP trouxesse de volta o Unordinary Life... mas acho que é pedir demais (ou não)... rs

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  8. @Ikari387
    É importante salientar que o mangá de Darker Than Black DIFERE, e bastante, do anime. Já conversei com bastante gente que se decepcionou, dizendo que não se compara ao anime ou coisa do tipo.

    Eu, como não assisti o anime, não posso fazer esta comparação, apenas dizer que o mangá é legal (como já tinha dito, o segundo volume me impressionou).

    E 07-ghost, eu comprei também, mas não li ainda. O traço realmente dá um impressão josei, mas esse, ao contrário do que citei acima, só ouvi elogios.

    Agora, vou ver se ainda acho Amar e Ser Amado por aqui, mas como moro no interior, acho bem difícil, hehe!

    Obrigado pela atenção xD!

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  9. Pois então, será questão de ter mais espaço ou competência para ocupar esse espaço? Fica a dúvida...
    O Lancaster do Maximum Cosmo fala muito disso, que a competição é muito acirrada no mercado japonês e quem ganha destaque é sempre quem apresenta o melhor trabalho. O restante fica só tampando buraco nos almanaques.
    Eu curti o trabalho, mas como citei, senti falta de um algo mais. Talvez a autora não consiga ainda chegar a um nível mais alto.

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  10. @Submarino Amarelo
    Eu soube que é diferente... mas pela sinopse, não vi tanta diferença assim. Talvez pelo mangá focar os "sentimentos" e não a ação, mas né... vai saber... hehe

    @Mauricio
    Você chegou a ler Unordinary Life? Eu comprei a primeira edição da Savana e achei simplesmente excelente!

    Acho que falta espaço, apenas. Se a NewPOP conseguir republicar a série por aqui (ou vc ler em inglês, por exemplo) aí sim da pra ver a competência da mangaká.

    @TODOS
    Obrigado pela participação no blog! Agradeço mesmo a vocês! :D

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  11. @Ikari387
    Hehe, a gente que deveria estar agradecendo pelos ótimos textos, e principalmente, pela atenção que você dá aos leitores.
    Falando sério, esta cada vez mais difícil encontrar blogueiros que respondam a todos os comentários.

    Parabéns por tudo, xD!

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  12. Ikari, eu até me interessei pelo Unordinary Life, mas acabei não comprando na época e logo depois a Savanna parou com tudo. Uma pena...
    Mas já que você deu a dica, vou dar uma fuçada pela net e ver se encontro em scan pra ler (coisa feia fazer isso, né? :) )

    Submarino, eu comprei o Darker Than Black sem nunca sequer ouvir falar do anime. Como produto isolado, confesso que me decepcionei bastante e me arrependi do dinheiro gasto. Só vale mesmo pra quem for fã da série.

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  13. @Maurício
    Se você comprou só o primeiro volume da série e não gosta de Shoujo (e nem é fã de Darker Than Black), eu realmente entendo porque não gostou.

    Eu fiquei com uma dúvida, se comprava ou não o segundo volume, mas felizmente eu estava com dinheiro quando achei por aqui (hehe) e não me arrependi. A história fica, digamos assim, mais emocionante.

    Mas isso varia de pessoa para pessoa, eu também não sou fã e gostei, já você, se decepcionou. Mesmo assim, recomendo xD! Bye!

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  14. @Mauricio
    Eu nao conheco o manga de DTB, mas ele foi criado como ~mais um caso~ do anime... pra matar as saudades dos fas. Ou, ainda, para atrair possiveis pessoas para o anime.

    @Submarino
    Obrigado! =D

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  15. Ikari, Submarino, eu saquei mesmo que o DTB é apenas um derivado do anime e realmente não se sustenta sozinho. O chato é que isso não fica claro pra quem vai na banca à procura de algo pra ler e não acompanha anime.
    Já comprei outras séries menores (1 a 3 volumes), que tinham história suficiente pra se sustentar sozinhas. E também comprei outras vinculadas a anime, e que mesmo sem assisti-los, não fiquei com essa sensação ruim que tive com o DTB, que até agora, foi um dos que mais me incomodou em gastar o dinheiro.
    Mas eu sou meio chato mesmo, especialmente com o que anda saindo em banca, então, minha opinião é sempre tendenciosa.

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  16. @Mauricio
    Sim, entendo. Existem várias outras séries que apresentam um história bem bacana em poucos volumes. Não é nada muito raro, não. E se pensarmos bem, isto, em alguns casos, é até bom, já que muitas outras histórias se tornam cansativas e repetitivas com vários volumes.

    E, também, por mais que você possa ter ficado com uma sensação ruim, a verdade é que o mangá não precisa que você tenha assistido o anime para entender. Eu mesmo, nunca vi (apesar de já ter lido os primeiros capítulos de um outro mangá de DTB, que é shounen) e gostei. A Panini utiliza o glossário em várias séries, e DTB não é uma excessão, também possui explicassões ao final do volume.

    Mas claro, tudo ficaria mais fácil se você já fosse fã do anime xD!

    O mangá não é nenhuma maravilha, e acho que posso ter me surpreendido com ele pelo fato de não esperar muito. Como sabia que era shoujo, eu realmente não esperava que fosse ótimo, mas como já disse, estava com algum dinheiro na época e acabei comprando, e curti :P.

    @Ikari387
    Você merece, cara! Estou no aguardo de outras postagens suas, hein u.u!

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  17. Mais um mangá da Newpop. Confesso que me interessei por ele, mas, essas coisas não chegam bem na minha cidade...U___U

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